26 de maio, 2023
A menopausa e o climatério são períodos de grandes transformações na vida das mulheres.
Como essas fases de grandes mudanças impactam diretamente o corpo, a Nutrição e a escolha por alimentos podem desempenhar um papel fundamental para abrandar esses impactos.
Assim, no post de hoje, vamos falar um pouco mais sobre menopausa, as transformações corporais causadas, o auxílio da alimentação nesse período e também sobre alimentos que devem ser evitados.
Confira o texto completo abaixo!
Alimentos que devem ser evitados
Menopausa é o nome dado ao fim da fase reprodutiva da vida da mulher, marcado pela última menstruação. Esse período normalmente ocorre entre 45 e 60 anos de idade.
O período que se segue após a cessação da menstruação é chamado de climatério. Hoje, no Brasil, cerca de 20 milhões de mulheres brasileiras estão atualmente neste período.
Essa fase da vida da mulher é marcada por muitas transformações, tanto físicas quanto emocionais. Essas mudanças são principalmente decorrentes do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos pelos ovários.
Os sintomas que marcam a entrada no climatério são em muitos casos semelhantes aos de uma TPM, só que acentuada e prolongada.
A menopausa e o climatério são fases de muitas mudanças no corpo feminino.
Como mencionado, se inicia após a última menstruação da mulher, e é acompanhada por diversas novas sensações e sintomas.
Algumas delas são as ondas de calor, suor noturno, secura vaginal, alterações no peso corporal, redistribuição da gordura corporal, entre outros.
Essa fase é marcada por grandes transformações no metabolismo, nos hormônios, na aparência física e estrutura emocional.
Para algumas mulheres, esse período pode transcorrer naturalmente, enquanto para outras, essa fase pode ser compreendida com um significado de aproximação da velhice, de perdas, ou até mesmo como sinônimo de doenças.
Junto a essa perspectiva, observamos uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade na faixa dos 50 aos 59 anos, período que coincide com a menopausa e o climatério, quando o IMC parece atingir os seus maiores valores.
Esse aumento do peso corporal ocorre normalmente em cerca de 50% das mulheres. Ainda, existe um maior risco para o desenvolvimento de osteoporose, osteopenia, dislipidemias, diabetes e doenças cardiovasculares (DCV).
Com o envelhecimento da população feminina, o atendimento nutricional especializado na saúde da mulher com foco no controle de sinais e sintomas do climatério, vem ganhando destaque.
Isso ocorre principalmente pela contribuição na melhora da qualidade de vida e autoestima, nessa fase única e delicada da mulher.
Pensando nisso, separamos 7 exemplos de hábitos nutricionais benéficos para utilizar no combate às mudanças da menopausa e do climatério:
1. O consumo de oleaginosas (castanhas, nozes e amêndoas) é importante para obtenção de vitamina E, contribuindo para o bem-estar e podendo abrandar as ondas de calor da menopausa;
2. O consumo de cálcio deve ser feito através do consumo dos alimentos fontes (folhosos escuros e leites e derivados). Quando não for possível atingir a recomendação, aí sim é importante a suplementação, para a prevenção da osteoporose;
3. A adoção de uma alimentação rica em alimentos naturais e orgânicos, e com menos alimentos industrializados;
4. Aumentar o consumo de alimentos que contenham fitoesteróis, conferindo maior equilíbrio hormonal, como soja, tofu, e sementes de linhaça;
5. Consumir alimentos com ácidos graxos essenciais (gorduras boas), que fortalecem o coração, além de outros benefícios, como peixes de águas frias, incluindo salmão, bacalhau e atum, e também sementes de linhaça;
6. Aumentar o consumo variado de frutas e legumes, principalmente de alimentos integrais e ricos em fibras;
7. Consumir também mais alimentos ricos em vitamina E, que ajudam na hidratação e evitam ressecamentos do corpo;
Cuidar da alimentação é essencial durante toda a vida. Porém, no período da menopausa, por causa das mudanças que ocorrem no corpo, torna-se ainda mais importante.
É fundamental atentar a essas mudanças, e não apenas ignorá-las, tanto para o bem-estar da mulher quanto para a prevenção de doenças.
Além das indicações de alimentos que devem ser mais consumidos nessa fase, também é importante destacar outros que também devem ser evitados.
Nós, seres humanos, não comemos somente com a intenção de sobreviver, nos nutrir ou apenas para satisfazer a fome física.
Algumas vezes, recorremos à comida em busca de conforto, alívio do estresse ou para recompensar a nós mesmos.
Isso é ruim?
De vez em quando, usar comida como estímulo, recompensa ou para comemorar não é necessariamente uma coisa ruim.
Muitos de nós também recorremos à comida em busca de conforto e alívio do estresse, o que pode se acentuar no período de menopausa.
Entretanto, quando comer é o seu principal mecanismo de enfrentamento emocional – quando seu primeiro impulso é abrir a geladeira sempre que está estressado, chateado, com raiva, solitário, exausto ou entediado – você fica preso em um ciclo perigoso. Nele, o verdadeiro sentimento acaba não sendo abordado, sendo sufocado pela comida.
Isso, chamamos de comer emocional – que é usar a comida para se sentir melhor e preencher necessidades emocionais.
Contudo, o ponto é que a fome emocional não pode ser saciada com a comida. Comer pode parecer bom no momento, mas os sentimentos que desencadearam o ato de comer ainda estarão lá.
Muitas vezes você se sente pior do que antes, por ter ingerido algo que, além de não mudar a situação, não estava nos planos de sua rotina alimentar.
Uma característica peculiar da fome emocional é recorrer a alimentos de alta palatabilidade e densidade energética (mais gordurosos ou açucarados). Sabemos que de forma transitória e muito rápida eles acionam áreas de nosso cérebro responsáveis pelas sensações de prazer.
Cada mulher tem um metabolismo único, e passar por todas essas mudanças de forma exclusiva e particular. Por isso, as avaliações nutricionais mais profundas devem ser feitas com precisão, levando vários fatores individuais do paciente em conta, e nenhuma área faz isso melhor do que a Nutrição Integrativa.
Esse conceito vem sendo muito comentado e procurado nos últimos meses.
A ideia parte da perspectiva de que o ser humano é único, sempre precisando de um atendimento especial e individualizado.
Assim, a Nutrição Integrativa tem uma visão holística e abordagem ampla, combinando conceitos da Nutrição com outros conhecimentos, envolvendo mente, emoções, corpo e comportamento de forma complementar.
Dessa forma, a alimentação também deve seguir esse preceito, para só assim ser efetiva.
O atendimento nutricional trabalhando com nutrição integrativa então se embasa em análises psicológicas e comportamentais, além de exames físicos e bioquímicos, para traçar um plano alimentar personalizado adequado às necessidades de cada pessoa.
Isso ocorre pois a incorporação de hábitos alimentares e comportamentais adequados à necessidade individual promove uma melhora da qualidade de vida completa a quem usa essa estratégia.
Ainda, possibilita a utilização dos alimentos e seus nutrientes como prevenção e tratamento natural de diversos desequilíbrios, sempre visando a totalidade da unidade.
Se os problemas não forem corrigidos, os desequilíbrios tendem a aumentar, dando início a possíveis enfermidades. Por isso buscar manter o equilíbrio constante é fundamental, e na nutrição integrativa o alimento vira a principal ferramenta para esse objetivo.
Para os profissionais que desejam se aprofundar mais na relação entre alimentação, qualidade de vida e envelhecimento saudável, existem várias perspectivas pelas quais é possível abordar esse assunto.
Uma delas é através da Nutrição Clínica Estética e Longevidade Saudável, onde o profissional pode atuar tanto na prevenção de doenças crônicas, quanto também no cuidado da pele e ainda fortalecendo a autoestima do paciente, o que contribui de forma decisiva para o cuidado de sua saúde mental.
Outra possibilidade de mergulhar neste tópico é também estudando Nutrição Clínica Funcional.
A Nutrição Funcional estuda os alimentos que possuem propriedades nutritivas extra benéficas ao ser humano, que também contribuem de forma decisiva para a saúde do paciente em todos os ciclos de sua vida.
É o período da vida da mulher após a última menstruação.
Entre os 45 e os 60 anos de idade.
Sim, os hábitos alimentares são fundamentais para diminuir o impacto de todas essas mudanças que ocorrem no corpo feminino a partir da menopausa e do climatério.
Sim, existem tanto alimentos específicos quanto hábitos alimentares que devem idealmente ser evitados nesse período.
As duas principais são a Nutrição Funcional e a Nutrição Estética e Longevidade Saudável.
Obrigado pela leitura, até o próximo post!
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