29 de maio, 2023
Hoje vamos falar sobre um assunto que tem chamado cada vez mais atenção de profissionais da nutrição e do público em geral: a diferença entre fome física e fome emocional. Esses dois conceitos são importantíssimos dentro do estudo do Comportamento Alimentar, que investiga a relação das nossas emoções com a nossa alimentação. Vamos saber mais aqui embaixo!
Existe uma diferença bem definida entre a fome física e a fome emocional, mas nem sempre ela é perceptível. A fome física, como o próprio nome diz, se refere à necessidade biológica e fisiológica de nutrição do corpo. Todos nós precisamos nos alimentar diariamente, com certa periodicidade entre as refeições e com uma quantidade determinada de nutrientes, para dizer o básico. Quando não realizamos esse processo da forma como estamos acostumados, e a refeição atrasa, o corpo naturalmente manifesta um incômodo refletindo essa necessidade, e então sentimos fome.
Bem diferente dessa situação é o que ocorre com a fome emocional. Essa é diretamente influenciada por diversos fatores externos, que fazem nosso cérebro nos pregar essa peça e acabar utilizando a comida como fuga para algum anseio, inclusive com as crianças. Esses fatores externos são vários, e podem ser resultados de um leve aroma saboroso ou uma imagem de um alimento que chama a atenção, e também decorrer de situações mais graves, como distúrbios psicológicos e emocionais causados por algum trauma ou comportamento reprimido.
A fome emocional é, na maioria das vezes, iniciada na primeira infância, quando os responsáveis pela alimentação da criança acabam “treinando-as” a deixar de sentir a fome física com comportamentos como: premiações com alimentos, cobranças para terminar de fazer uma refeição, entre outros.
A união entre nutricionista e psicólogo, que tenham conhecimento aprofundado em Comportamento Alimentar, é o cuidado ideal, pois o nutricionista identifica o comportamento que pode gerar algum tipo de transtorno alimentar e o psicólogo vai analisar todas as camadas psicossociais que ocasionaram tal comportamento.
Todas as pessoas são capazes de sentir esses dois tipos de fome, e por isso devemos estar sempre atentos a elas. Manter uma rotina nutricional organizada e regular, além de praticamente eliminar a fome física, é fundamental para viver com saúde. De qualquer forma, quando quebramos momentaneamente esse ciclo, nosso corpo normalmente manda sinais bem claros disso, como dor na barriga, na cabeça, tontura e mais.
Para combater a fome emocional, compreender que ela existe e saber quando isso ocorre já são os primeiros passos.
O ser humano normalmente liga o ato de se alimentar com uma sensação de prazer e bem-estar. Por isso ocorre a fome emocional, seja para aplacar algum sofrimento, ou mesmo por pura gula. A partir do momento que identificamos essa tendência de comportamento, podemos modificá-lo.
Fome é um sinal fisiológico de sobrevivência, sem ela morremos. Por isso, quanto mais nos aprofundamos a entender o comportamento humano, mais teremos a certeza de que a fome deve ser compreendida, identificada, sentida e saciada.
Os conceitos de fome emocional e fome física não são exatamente uma novidade, mas vêm ganhando cada vez mais a atenção de docentes, profissionais e do público. Isso se deve ao crescimento do interesse no estudo e na prática do Comportamento Alimentar que ocorreu nos últimos anos no Brasil e no mundo.
A área central de estudo do Comportamento Alimentar é justamente a relação entre fatores emocionais com as nossas escolhas por alimentos. Dessa forma, o profissional que se especializa na área aprende a identificar esses possíveis desequilíbrios emocionais e nutricionais no paciente, e naturalmente conduzir uma transformação para a prática de hábitos saudáveis.
Na Faculdade iPGS, além de termos criado o curso pioneiro no Brasil de pós-graduação dedicado especialmente ao Comportamento Alimentar, com a opção EAD, também possuímos diversos cursos de atualização profissional, chamados na nossa instituição de Cursos Rápidos, que também abordam o tema. Inclusive, um mais específico sobre fome física e fome emocional. Não deixe de conferir!
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