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29 de maio, 2023

11 dicas de Nutrição Funcional para a prática clínica

11 dicas de Nutrição Funcional para a prática clínica

Dentre as especialidades oficialmente reconhecidas dentro da Nutrição, uma das que mais cresce no Brasil é a Nutrição Funcional.

Combinando elementos da Nutrição Esportiva, Nutrição Estética, Nutrigenômica e muito mais, a Nutrição Funcional vem nos últimos anos angariando fãs entre os nutricionistas e o público.

Em razão dessa popularidade, nosso post de hoje não poderia ser sobre outro tema.

Por isso, hoje vamos fazer aqui uma breve introdução à Nutrição Funcional, falar sobre alimentos funcionais, sua comparação com nutracêuticos e muito mais.

Ainda, preparamos 11 dicas específicas para iniciar as orientações nutricionais aos pacientes, e para estimular o seu interesse no mundo da nutrição funcional.

Confira o post completo partir de agora!

Sumário

Nutrição Clínica Funcional

Alimentos Funcionais

Nutracêuticos e Alimentos Funcionais

11 dicas práticas de Nutrição Funcional

Pós-Graduação em Nutrição Funcional

Nutrição Funcional nos Cursos Livres

Nutrição Clínica Funcional

Antes de falarmos das dicas, vamos saber um pouco mais sobre Nutrição Funcional de forma geral.

O corpo humano necessita de certos micronutrientes para o seu funcionamento adequado, e essas vitaminas e minerais são cruciais para as funções fisiológicas básicas, como o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento.

Alguns alimentos, além de cumprir suas funções nutricionais básicas, ainda oferecem benefícios extras à saúde humana, na forma de propriedades que já se encontram naturalmente em sua composição.

Esses alimentos, chamados de alimentos funcionais, estão espalhados por diversos grupos alimentares diferentes.

Dessa forma, para se entender de forma mais aprofundada a relação desses alimentos com a nutrição e com a saúde humana, que se criou o campo de estudo específico e se reconheceu a especialidade da Nutrição Funcional.

foto: pexels

Além das pesquisas, a Nutrição Funcional também está cada vez mais integrada à prática clínica dos profissionais da Nutrição.

Quando a Nutrição Funcional é aplicada de forma consistente e eficaz por parte do profissional, pode prevenir futuras doenças crônicas, melhorar a cognição em pessoas com demência, além de melhorar o estado geral de saúde dos pacientes e trazer muitos outros benefícios.

Para o nutricionista ter mais autoridade e saber como tratar deficiências em um ou mais micronutrientes que possam levar a impactos prejudiciais à saúde e a doenças crônicas, a Nutrição Funcional se faz cada vez mais presente nos dias atuais.

Alimentos Funcionais

A base da Nutrição Funcional é formada pelos chamados alimentos funcionais.

O alimento funcional, como mencionado anteriormente, é aquele que possui compostos que atuam na prevenção de doenças e na melhoria da saúde humana.

Ou seja, são aqueles que produzem efeitos benéficos à saúde, além de agregar as suas funções nutricionais básicas, sendo compostos por vitaminas, minerais, carboidratos, e proteínas.

foto: pexels

Existem muitos exemplos de alimentos funcionais, de distintos grupos alimentares, como as frutas, e, assim, com diferentes propriedades benéficas à saúde.

Confira alguns abaixo:

– Peixes como atum, anchova e arenque: possuem ômega-3, ajudando na redução do colesterol e com ação anti-inflamatória;

– Óleos de linhaça, nozes, amêndoas e castanhas: possuem ácido linoleico, estimulando o sistema imunológico e reduzindo riscos de desenvolvimento de doença cardiovascular;

– Azeite, óleo de canola e azeitonas: possuem ácido oleico, com ação anticancerígena e ajudando a reduzir a pressão arterial;

– Chá verde, cerejas, amoras, uvas e vinho tinto: possuem catequinas resveratrol, que ajudam a prevenir alguns tipos de câncer, reduzem o colesterol e estimulam o sistema imune.

Nutracêuticos e Alimentos Funcionais

Alimentos funcionais e nutracêuticos podem, inicialmente, parecer semelhantes, mas são dois produtos completamente distintos.

Apesar de muitas vezes confundidos entre si, nutracêuticos são diferentes do que os alimentos funcionais.

Eles possuem algumas semelhanças entre si, como o fato de proporcionar benefícios à saúde de quem os consome, mas também diferenças fundamentais em sua constituição.

Os alimentos funcionais, como o próprio nome já diz, são alimentos completos, que, por terem propriedades beneficiais à saúde, são aproveitados também para esse fim.

São alimentos inteiros, que além de nutrir o organismo com suas substâncias, também naturalmente melhoram a saúde de quem os consome.

Há diversos alimentos funcionais, e bem variados, como o açaí, o azeite de oliva, a linhaça, a castanha, e até o chocolate, estando presentes em diversos grupos alimentares diferentes, como visto anteriormente.

Por outro lado, os nutracêuticos são produtos distintos. O termo nutracêutico vem da junção entre nutrição e farmacêuticos.

foto: pexels

Dessa forma, os nutracêuticos são compostos isolados, especialmente criados e com aspecto e aparência de medicamento.

Estes compostos são elaborados para concentrar as propriedades beneficiais que já existem de forma natural nos alimentos para justamente maximizar o seu efeito.

Por isso, por mais que também sejam substâncias que visam trazer benefícios à saúde humana, como os alimentos funcionais fazem, os dois produtos diferem na sua forma, na sua consistência e na sua elaboração.

11 Dicas práticas de Nutrição Funcional

Confira agora 11 dias práticas diferentes sobre Nutrição Funcional para você já aplicar na sua prática clínica:

2 dicas para pacientes com a imunidade baixa

A imunidade pode ser afetada por vários fatores. Alguns são a idade avançada, as toxinas ambientais, o excesso de peso, uma dieta pobre em nutrientes, doenças crônicas, estresse mental e falta de descanso, por exemplo.

Se alimentar com nutrientes suficientes como parte de uma dieta variada é necessário para a saúde e para o bom funcionamento de todas as células, incluindo as células imunológicas.

foto: pexels

Certos padrões dietéticos podem preparar melhor o corpo para ataques microbianos e inflamação excessiva, mas é improvável que alimentos individuais ofereçam proteção especial.

Dito isso, há uma infinidade de alimentos e combinações que complementam a dieta para melhorar a imunidade. Abaixo, seguem duas rápidas dicas para você aplicar com os seus pacientes:

1 – Inclua alimentos probióticos e prebióticos na rotina alimentar do paciente. Veja sugestões a seguir:

Pró: Kefir, iogurte com culturas ativas vivas, vegetais fermentados, chucrute, tempeh, chá de kombuchá, kimchi e missô.

Pré: alho, cebola, alho-poró, aspargos, alcachofras, folhas de dente-de-leão e banana. Uma regra mais geral é incluir uma variedade de frutas, vegetais, feijão e grãos inteiros.

2 – Em caso de deficiência nutricional, alguns pacientes podem necessitar de suplementação específica de algum nutriente, como zinco, selênio, ferro, cobre, ácido fólico e vitaminas A , B6, C , D e E.

Todos os nutrientes, de forma equilibrada e ajustada para cada paciente, ajudam o sistema imunológico de várias maneiras: atuando como um antioxidante para proteger as células saudáveis, apoiando o crescimento e a atividade das células imunológicas e produzindo anticorpos.

3 dicas para pacientes idosos 

Desde a publicação da Neurology em 2018, sobre a relação entre uma dieta saudável e o aumento do volume cerebral, as orientações nutricionais passaram a focar muito mais numa minimização dos danos ocasionados pelo envelhecimento.

Além disso, a alimentação com uma maior quantidade de frutas e vegetais, além de gorduras poli-insaturadas, também oferece muitos benefícios contra o declínio cognitivo e para uma melhor função física de indivíduos idosos.

foto: pexels

Para evitar um envelhecimento acelerado e focar na longevidade saudável, o objetivo da orientação a esses pacientes deve incluir:

3 – Prescrever, quando possível, uma dieta rica em vegetais, frutas, nozes e peixes;

4 – Diminuir o total da ingestão energética do paciente;

5 – Observar sinais de desnutrição e fazer a suplementação nutricional quando necessário;

6 dicas para pacientes com doenças crônicas

Sabe-se que a inflamação está associada tanto à manifestação de várias doenças crônicas, quanto à ingestão de alimentos com características pró-inflamatórias.

Por este motivo, o objetivo das orientações para os indivíduos que têm diabetes, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares, é reduzir os marcadores inflamatórios.

foto: pexels

A redução dos biomarcadores inflamatórios é importante, tanto em indivíduos saudáveis, quanto naqueles com maior risco para o desenvolvimento de doenças futuras ou naqueles que já enfrentam alguma patologia crônica.

Se for o caso do seu paciente, e se encaixar em seu quadro clínico, invista nas seguintes modificações e orientações alimentares:

6 – Quantidade total de carboidratos moderada;

7 – Alimentos de baixo índice glicêmico;

8 – Quantidade total de proteínas moderada;

9 – Focar nos alimentos ricos em ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados;

10 – Investir numa estratégia de suplementação de Ômega 3 (além de alimentos fonte);

11 – Baixo teor de gordura saturada.

Pós-Graduação em Nutrição Funcional

Se você quiser se aprofundar no estudo da Nutrição Funcional, há um curso de pós-graduação EAD inteiramente dedicado ao tema aqui na Faculdade iPGS: o curso de especialização em Nutrição Clínica Funcional.

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional capacita os profissionais para a atuação clínico-nutricional, com ênfase na aplicação de alimentos, macronutrientes, vitaminas, minerais e compostos bioativos dos alimentos.

Com base em evidências científicas e na experiência prática dos professores ministrantes, o curso proporciona o aprendizado necessário para o profissional realizar uma intervenção personalizada, de forma ampla e efetiva, na fase de prevenção e também terapêutica nutricional do paciente.

O curso tem duração de 12 meses, é certificado pelo MEC, e como é realizado na modalidade remota, assim que você finalizar sua inscrição já pode iniciar seu estudo. Para conferir todas as informações completas, basta acessar este link.

Nutrição Funcional nos Cursos Livres

Outra opção para estudar este assunto é através dos nossos Cursos Livres, como o de Nutrição Funcional na Modulação da Imunidade e Inflamação.

Este curso traz informações atuais extraídas de publicações científicas a respeito da temática imunidade, resposta inflamatória e Nutrição Funcional.

Além do conteúdo teórico, também é discutida a aplicabilidade de cada abordagem nutricional na prática clínica.

Neste contexto, este curso tem como objetivo apresentar com detalhes ao profissional nutricionista o papel da Nutrição Funcional na modulação da imunidade e inflamação, direcionando a prescrição nutricional e/ou suplementar de acordo com as particularidades de cada situação de saúde apresentada.

Segundo o nutricionista Roberto Filho, “A nutrição funcional passou de segmento da nutrição para o básico que deve ser empregado em qualquer atendimento nutricional, pois é imprescindível incluir alimentos funcionais com características antiinflamatórias e antioxidantes, que vão reduzir riscos para aparecimento de doenças crônicas e até mesmo de câncer. Além disso, principalmente agora, no contexto de pandemia, consumir alimentos que possam melhorar nosso sistema imunológico é fundamental, portanto a abordagem funcional deve ser padrão“.

Esperamos que você tenha gostado das informações do nosso post de hoje. Obrigado pela leitura, até a próxima!

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